domingo, 26 de setembro de 2010

Para refletir sobre Educaçãi Infantil


BREVE HISTÓRICO
A Educação Infantil é considerada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
no. 9394/96 – como parte integrante da educação básica, tendo por finalidade o desenvolvimento
integral da criança até seis anos de idade, e seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e
social, complementando a ação da família e comunidade.
Assim, ela deve definir uma direção para a aprendizagem dos alunos e selecionar
conceitos, procedimentos e valores com vistas à formação das mesmas, possibilitando aos
mesma autonomia necessária e a autoconfiança, por meio da ação, da expressão e da reflexão.
((Brasil, 1998 ; Redin, 1998).
O direcionamento da aprendizagem, na educação infantil, é proporcionando pelo
educador que se relaciona com a criança, para que esta vá se apropriando dos códigos sociais,
dos símbolos da linguagem, enfim, da cultura do seu grupo (Brasil, 1998).
Nesta perspectiva, o professor deve instigar conhecer os limites e aspirações dos
alunos, ser mediador das relações dentro das salas de aula, apoiador afetivo e organizador dos
espaços físicos e das atividades (Oliveira, 1988).
1DOCENTE do Departamento de Educação – Instituto de Biociências – UNESP – Botucatu; Orientadora
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Para tanto, ele pode adotar diferentes estratégias e metodologias. Estes métodos
partem, geralmente, da especificidade da criança que está relacionada com atividades, lucidade,
fantasia e imaginação (Redim, 1988).
As crianças, em fase pré-escolar, estão em pleno desenvolvimento de suas
capacidades de simbolização, através da linguagem, da imaginação, da imitação e da brincadeira
em situações cada vez mais diversas. Esta simbolização possibilita à criança o estabelecimento,
cada vez maior, da relação entre a realidade e o mundo social (Brasil, 1998) e a utilização de
materiais concretos, trabalhos em grupo e brincadeiras possibilita o exercício das capacidades de
simbolização da criança e permite sua aprendizagem, pois através do uso dos materiais concretos,
a criança se aproxima de uma representação imitativa da realidade, assimilando esta realidade
cognitivamente (Macedo, 1988).
Os trabalhos em grupo favorecem as relações de troca e afeto com o outro,
permitindo o aprimoramento do pensamento infantil devido às interações interpessoais, que são
imprescindíveis para a aprendizagem da criança (Brasil, 1998).
Em atividades lúdicas, a criança pode desenvolver capacidades importantes como a
atenção, a imitação, a memória, a imaginação (Brasil., 1998) e descobrir suas emoções e a
existência do outro, suas possibilidades e suas limitações dentro de um contexto ameno, que são
a essência mesma destas atividades (Pansan et al, 2001). Neste sentido, as brincadeiras de regra
como pega-pega, bolinha de gude, jogo com bolas, permitem o exercício destas interações com o
outro, facilitando a vida em sociedade, além de aperfeiçoamento dos movimentos físicos
(Friedmann, 1988).
As interações no brincar possibilitam, através da oferta de objetos e brinquedos que
os adultos fazem às crianças, que elas entrem em contato, precocemente, com as propriedades e
os usos sociais dos objetos, aproximando-se das múltiplas formas de ser e pensar da sociedade
(Brasil, 1998).
Isso ocorre, porque as interações infantis, durante as brincadeiras, fazem com que
a criança e seus parceiros confrontem suas próprias “zonas de desenvolvimento proximal”, nos
termos de Vygotsky, o que os leva a representar a situação de fora cada vez mais abstrata e a
construir novas estruturas auto-reguladoras de ação, ou seja, modos pessoais historicamente
construídos de pensar, sentir, memorizar, mover-se, gesticular, etc. (Oliveira, 2002)
Assim, ao brincar de faz-de-conta, a criança faz uso de suas vivências, ativando sua
memória, para poder interpretar papéis de diferentes pessoas ou personagens que ela já entrou
contato. Os objetos perdem sua força determinadora ganhando novos significados na brincadeira
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e, desta forma, a criança passa a perceber que dependendo da situação, o objeto terá uma função
própria (Oliveira, 2002).
Nas brincadeiras com material de construção, a criança consegue sentir o material,
sua forma e textura, percebendo suas propriedades e características e seus usos sociais e
simbólicos (Brasil, 1998). Nessa atividade, os materiais são relacionados e transformados em
função de diferentes argumentos de faz-de-conta (Brasil, 1998).
Portanto, as atividades lúdicas e o trabalho livre e criador oferecem oportunidades
para se estimular o desenvolvimento da criança, sustentada pelo oferecimento de sensações
agradáveis, que é fundamental para a satisfação psicológica (Rizzo, 1998).
(Obs. Este material peguei faz tempo na net, a quem pertencer o texto me escreva que dou os devidos valores.) 

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